Licor de Tayuyá de S. João da Barra - 1902

O que temos aqui é uma verdadeira cápsula do tempo, um anúncio que nos transporta diretamente para a virada do século XX e o efervescente mercado de "cura-tudo" da época.

O protagonista é o Licor de Tayuyá de S. João da Barra, que não se contentava em ser apenas uma bebida, mas sim o milagre líquido contra ÚLCERAS, feridas, eczemas, darthros e a cereja do bolo: reumatismo — não só o articular e muscular, mas também o "cerebral". Que audácia! O impacto visual é garantido pela mão com uma lesão chocante, um recurso que visava despertar o desespero e a necessidade imediata do leitor. Este fascinante pedaço da história da publicidade brasileira foi veiculado na Revista da Semana, na edição de 14 de dezembro de 1902, e nos mostra como a fé na medicina popular e nos elixires era poderosa. Naquele tempo, bastava o endosso das Casas Oliveira Junior & C. (Catette 231) e Araujo Freitas & C. (Ourives 114), no Rio de Janeiro, para dar credibilidade e colocar o licor entre os remédios mais procurados.

Em 1902, na Revista da Semana, o Licor de Tayuyá usava claims de "cura-tudo" (úlceras, reumatismo cerebral) e visual chocante (mão ulcerada) para atrair o consumidor da época.

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