Seguradora Sul América - 1929

A composição dramática das máscaras penduradas chama atenção logo de início: cada rosto traz uma expressão distinta, reforçando a ideia de que certos perigos podem se disfarçar com facilidade. No anúncio da Sul América publicado na Revista O Cruzeiro em 23 de maio de 1929, a “grande simuladora” é revelada como a sífilis — tratada como uma ameaça sorrateira, capaz de enganar até os mais atentos. A peça dialoga com o imaginário da época, quando doenças físicas eram frequentemente representadas como inimigas astutas.

Na análise da Revista O Cruzeiro (23/05/1929), percebe-se o forte caráter educativo do anúncio, que mistura alerta social com estratégia comercial. A seguradora oferece um folheto explicativo sobre a doença, posicionando-se como instituição preocupada com a saúde e o bem-estar do público. Mesmo sendo uma publicidade de seguros de vida, a narrativa não tenta vender apólices diretamente; prefere criar um clima de responsabilidade e prevenção, reforçando a autoridade da marca.

Em 1929, o anúncio usa drama e educação sanitária para fortalecer a imagem da Sul América como guardiã contra riscos invisíveis.

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