Composto A Patroa - 1945

O forno pode até aquecer, mas quem garante o sabor — segundo o anúncio — é o tal “Composto A Patroa”. A peça traz a personagem Benedita, sorridente e em clima de cozinha, reforçando que massa boa depende do produto certo. O texto imprime um tom de conversa caseira e direta, como se fosse um conselho entre amigas, acompanhado de uma receita de torta de bananas que promete arrancar elogios. A marca aposta no ar doméstico e na ideia de praticidade, típica da época em que a indústria alimentícia tentava ocupar espaço nas cozinhas brasileiras.

Na análise, fica evidente que o anúncio publicado na revista A Cigarra, em outubro de 1945, carrega elementos muito comuns ao período: a figura de uma cozinheira negra usada como símbolo de habilidade culinária, um estereótipo recorrente na publicidade do início do século XX. A marca se apropria dessa imagem para transmitir confiança e tradição, enquanto reforça que “o forno não faz milagres”, mas o produto faz. Também chama atenção a presença da receita, estratégia usada para aproximar o público e mostrar o composto como solução prática para massas “finas e delicadas”.

Em 1945, o anúncio usa estereótipos e apelo doméstico para vender o Composto A Patroa como segredinho infalível da cozinha.

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