Elixir de Nogueira - 1916
Mais um “testemunho de fé” no poder dos remédios do início do século 20. Em destaque, o Coronel José Emygdio de Paiva, tesoureiro da Câmara Municipal de Ilhéus (BA), declara publicamente que foi curado de uma enfermidade “de origem syphilitica” graças ao Elixir de Nogueira. A peça mistura elementos de prestígio (uma figura pública elogiando o produto) com uma linguagem quase solene, reforçando a confiança no remédio. A assinatura do coronel e a data reforçam a credibilidade da propaganda.
Publicada na revista O Malho de 2 de dezembro de 1916, a peça é um típico exemplo de marketing baseado em depoimentos — estratégia popular no período em que os medicamentos eram vendidos sem necessidade de receita e com promessas ousadas. A menção à “parte doente” e ao fracasso de outros tratamentos ajuda a destacar o elixir como solução milagrosa, mesmo para doenças sérias como a sífilis. A propaganda ainda reforça a abrangência do produto, vendendo-se “em todo o Brazil e Repúblicas sul-americanas”.
Fonte: Biblioteca Nacional