Chicletes Adams - Anos 50

Propaganda do Chicletes Adams nos anos 50: momento romântico para vender chiclete.
Goma de mascar -> chiclé -> chiclet -> chiclets -> chiclete. Parece uma tabela de evolução saída de algum estudo etimológico. E é mesmo! Se existe algo que não deixa dúvidas sobre a força da publicidade é a sua capacidade de alterar hábitos, costumes e até mesmo línguas nas sociedades de consumo. Foi exatamente o que aconteceu com o chiclete.
Quando chegou ao Brasil, nos bolsos dos americanos que ocupavam bases no Nordeste durante a II Guerra Mundial, aquela "borrachinha que se mastiga, mas não se engole" parecia apenas mais uma das muitas esquisitisses daquele povo estranho. Finda a guerra, inicia-se no País a produção comercial do chiclete - inicialmente conhecido como "goma de mascar".

A primeira marca a se instalar no Brasil foi a Adams, com suas caixinhas amarelas que até hoje existem, e que pouco mudaram desde aquele tempo. O nome do produto: chicletes. Aos poucos, o público foi deixando de usar o termo português "goma de mascar" para adotar variações da marca "chiclete". E assim surgiu a palavra chiclete, que grudou no nosso bom e velho português e hoje consta em todos os dicionários... graças à publicidade. A peça que temos aqui, retirada de uma edição da revista O Cruzeiro da década de 50, é um belo exemplo de propaganda antiga que ajudou a fixar a palavra "chiclete" no nosso idioma. O que diz o texto publicitário:

"O amor é feito de ternura
e os chicletes Adams
tornam o hábito - uma doçura!

Chicletes Adams
Tão refrescantes!
Tão deliciosos!