Depilador Walita - 1977
Na edição da Revista Manchete de 11 de junho de 1977, o depilador Walita ganhou destaque com uma abordagem que mistura romantismo e um toque provocativo. A peça sugere presentear a namorada com o produto e, num jogo de palavras ousado, diz que se ela tiver que chorar, que seja por amor — e não pelas dores da depilação. Com uma estética suave e um ar melancólico na imagem da modelo sentada, a marca tenta equilibrar delicadeza com funcionalidade.
O anúncio é um retrato curioso da publicidade dos anos 70, quando os apelos comerciais misturavam intimidade, gênero e afeto com certa liberdade poética que hoje causa debate. A revista Manchete, bastante popular na época, publicava anúncios que espelhavam os costumes do momento — e este da Walita é um exemplo clássico de como as dores femininas eram suavizadas com promessas de amor e praticidade. A ideia de um “presente honesto” revela o tom direto da marca, ainda que sob o véu de um romantismo publicitário típico daquela década.
Fonte: Biblioteca Nacional